
NEGO FUGIDO
(Gustavo Caribé, J. Velloso e Mirella Medeiros)
A nona faixa mergulha no Nego Fugido, uma rica manifestação cultural de Acupe, um distrito de Santo Amaro, oferecendo uma narrativa teatral que retrata a escravidão de maneira visceral, enraizada nos fundamentos da Nação Gêge. Esta música conta com a participação especial de Monilson Mony, um dos representantes dessa manifestação, cujo texto autoral adiciona camadas de significado à faixa.
LETRA
“Da boca dos tambores
Rum, Rumpi e Lé,
Ecoa ancestralidade
de luta e resistência”
Nas ruas de Acupe
Canto meu drama
Ele não se foi
Tremo na terra
Eu faço o meu samba
Com a lama do sangue
Que jorrou do banzo
Na beira do mangue
Eu faço o meu samba
Com a lama do sangue
Que jorrou do banzo
Na beira do mangue
Nego Fugido
Cativeiro acabou
Mudou de forma
Mas nada mudou
Nego Fugido
Cativeiro acabou
Mudou de forma
Mas nada mudou
E com minha ginga
Mudo a trama
E mesmo preso
Venço a guerra
Eu faço meu samba
Que jorrou do mangue
Na beira do banzo
Com a lama do sangue
Eu faço meu samba
Que jorrou do mangue
Na beira do banzo
Com a lama do sangue
J. Velloso e Recôncavo Experimental part. Monilson Mony - Nego Fugido
(Gustavo Caribé, J. Velloso e Mirella Medeiros)
FICHA TÉCNICA
Participação especial: Monilson Mony
Vozes: J. Velloso e Gustavo Caribé
Arranjo, produção musical, baixo e beats: Gustavo Caribé
Guitarra: Raimundo Nova
Percussão: Pururu
Nego Fugido
Cativeiro acabou
Mudou de forma
Mas nada mudou
“Protegidos pelo ojá da grande mãe de Savalu kwé
Cantamos e dançamos com o passado
Para revelar as mentiras
mais bem contadas do presente.
O Nego Fugido é um grito saudosista do futuro
De uma liberdade negra e indígena
que ainda não aconteceu”
Nas ruas de Acupe
Canto meu drama
Ele não se foi
Tremo na terra
Eu faço o meu samba
Com a lama do sangue
Que jorrou do banzo
Na beira do mangue
Eu faço o meu samba
Com a lama do sangue
Que jorrou do banzo
Na beira do mangue
Nego Fugido
Cativeiro acabou
Mudou de forma
Mas nada mudou
Nego Fugido
Cativeiro acabou
Mudou de forma.